Aprendendo com as diferenças
Inclusão, afeto e aprendizado marcam encerramento de 2025 do projeto Aprendendo com as Diferenças no Campus Machado
Mais do que uma confraternização, o encontro de encerramento do ano letivo de 2025 do projeto Aprendendo com as Diferenças simbolizou vínculos construídos, aprendizados compartilhados e o fortalecimento da inclusão 
no Campus Machado. Na sexta-feira, 12 de dezembro, mais de 60 assistidos participaram de um momento especial de integração, marcado por acolhimento, troca de experiências e celebração.
Durante a atividade, foi servido um café especial aos assistidos e equipes multidisciplinares da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Machado, Divisa Nova e Paraguaçu. Estiveram presentes a coordenadora do projeto, professora Renata Mara de Souza Neves, a diretora-geral do Campus Machado, professora Aline Manke, professores, técnicos administrativos e estudantes monitores que integram a equipe responsável pelas ações.
A diretora-geral do campus, professora Aline Manke, agradeceu a parceria das instituições envolvidas e ressaltou que o projeto só é possível a partir da atuação conjunta. Ela destacou o cuidado e o afeto presentes no trabalho desenvolvido pela equipe e reconheceu a confiança depositada nas ações realizadas ao longo de 2025, desejando um novo ano de continuidade e fortalecimento da iniciativa.
De outra perspectiva das instituições parcerias, o diretor da Apae de Divisa Nova, Fernando Nunes Ludovico, reforçou a importância da parceria com o Campus Machado e agradeceu pelo acolhimento oferecido aos assistidos ao longo do ano. Segundo relatou, semanalmente, os participantes frequentam o campus para o desenvolvimento de atividades, sendo recebidos por professores, estudantes e bolsistas, que contribuem diretamente para a experiência inclusiva.
“Nós estamos trabalhando com a inclusão, e aqui os usuários das nossas Apaes se sentem incluídos. Então, queria imensamente agradecer ao Instituto por essa
oportunidade, por abrir as portas para as nossas instituições. Que Deus abençoe a todos. Muito obrigado!”, comentou.
Atualmente, três Apaes integram o projeto Aprendendo com as Diferenças no Instituto Federal de Machado. As atividades são desenvolvidas nos setores de equinocultura, horta, ovinocultura, avicultura, cunicultura, minhocultura e na minifazendinha. Para o diretor, a diversidade de ações e o ambiente acolhedor fortalecem o processo de inclusão, permitindo que os assistidos se sintam efetivamente integrados às rotinas da instituição.
Segundo a professora Renata, as atividades do projeto atingiram os objetivos propostos, especialmente na promoção da inclusão social, no fortalecimento da autonomia e no desenvolvimento global das pessoas com deficiência participantes.
Ela destaca que o projeto também gerou impactos positivos na comunidade acadêmica, ao promover a convivência entre estudantes, servidores e pessoas com deficiência, contribuindo para a sensibilização sobre a inclusão e para a construção de um ambiente mais empático e acessível. As parcerias com as APAEs e instituições da região, segundo a docente, foram fundamentais para o sucesso das ações, mesmo diante dos desafios enfrentados ao longo do ano.
A estudante Júlia Félix, bolsista do projeto, também destacou a vivência proporcionada pela iniciativa e a oportunidade de contato com as diferentes instituições participantes. “A gente vem para ensinar, mas acaba aprendendo muito mais sobre a vida. Um sorriso, um gesto, muda completamente o nosso dia. Tudo o que eles fazem transforma a gente”, relatou.
A experiência também é significativa para os próprios assistidos. Um dos participantes da Apae de Divisa Nova ressaltou a forma como as atividades são explicadas e conduzidas, além da admiração pelo trabalho desenvolvido no campus. “Foi um projeto muito bonito e excelente, que me fez admirar pessoas e aprender coisas novas. Parabéns a todos”, afirmou.
Sobre o projeto
O projeto Aprendendo com as Diferenças tem como objetivo proporcionar aos assistidos de Apaes e de outras instituições de atendimento a pessoas com deficiência da região oportunidades de desenvolvimento humano, ampliação do conhecimento, melhoria da autoestima, da concentração, do processo cognitivo e do controle emocional, além de promover o resgate da cidadania e a inclusão na comunidade.
Atualmente, cerca de 70 pessoas são atendidas mensalmente. As atividades são realizadas nos setores zootécnicos do campus: avicultura, cunicultura, equinocultura, ovinocultura e minifazendinha, além dos setores de olericultura e minhocultura.
Acompanhados por equipes multidisciplinares das instituições participantes e pelos membros do projeto, os assistidos desenvolvem atividades como organização e limpeza dos setores, manejo alimentar e reprodutivo de animais, coleta e classificação de ovos, semeadura e transplantio de hortaliças, preparo de substratos, colheita, adubação, irrigação manual, capinas e manejo do minhocário, entre outras ações.
A execução do projeto envolve dezenas de pessoas no Campus Machado, incluindo setores produtivos, setor de alimentação, transporte, estudantes, professores voluntários e servidores técnico-administrativos.
Texto e Fotos: Ascom/ IFSULDEMINAS - Campus Machado
