Mulheres no Esporte
Cresce a participação feminina em esportes no IFSULDEMINAS - Campus Machado: Time de futsal é destaque
Historicamente dominado pelos homens, o universo esportivo está sendo, aos poucos, ocupado por um número crescente de atletas femininas que começam a consolidar seu espaço nesse tipo de atividade. No IFSULDEMINAS - Campus Machado não é diferente. Atualmente, a participação feminina em atividades esportivas e competições oficiais se equipara a à atuação masculina, conta o coordenador de Esportes do Instituto, professor Carlos Henrique Paulino, que ingressou na instituição em 2012. “Considero um grande avanço no processo de desenvolvimento em relação à luta pela igualdade de gênero e liberdade de expressão corporal. Como professor, também me sinto feliz em poder contribuir com este processo e relatar tantos avanços em pouco tempo”, comenta.
Mayara Oliveira Andrade é instrutora esportiva e atua no projeto do Campus Machado "Esporte e lazer do meu campus". Ela treina futsal, futebol de campo, handebol e futuramente atletismo. Percebe que a participação feminina vem crescendo, gradativamente, em esportes como futsal e futebol. “Antes o pessoal tinha um certo preconceito e considerava mulher um sexo frágil, agora a sociedade está vendo que a mulher tem a mesma capacidade para a prática esportiva que o homem. Mayara também observou que a participação das meninas cresceu muito no campus. Em 2016, quando chegou à instituição, lembra que ainda tinham poucas meninas no esporte, mas hoje o time feminino de futsal já possui 14 atletas.
Time Feminino de Futsal
A estudante Emanuele de Carvalho (18 anos), do 2º ano do Técnico em Agropecuária, conta que começou a jogar futsal, na sua cidade, aos cinco anos. Para ela, treinar vem da sua força de vontade, além de ser um esporte que traz disciplina. Também joga basquete, mas confessa que seu esporte preferido é o futsal. Emanuele percebe que a participação feminina no futsal, normalmente, não é muito valorizada. "Mas o cenário tem mudado e as mulheres estão ganhando cada vez mais espaço", diz. Está otimista quanto à Copa de Futebol Feminino, observa que as jogadoras tem conseguido uma vantagem muito boa e acredita que o Brasil conquistará a taça.
Maria Alice Neves (15 anos) cursa o 1º ano do Técnico em Informática e, neste ano, começou a treinar futsal no Campus Machado. A aluna sempre gostou muito de futebol, teve oportunidade de se aproximar do esporte e começou a treinar no Campus. Para ela, a participação feminina no futsal ainda é pequena, se comparada a do público masculino. Percebe que a Copa Mundial tem contribuído para conscientizar a sociedade a respeito da qualidade e compromisso do futebol feminino.
Iniciante no time de futsal, Maria Fernanda Ribeiro (17 anos) é estudante 3º ano do Técnico em Agropecuária. Ela sempre jogou vôlei, mas começou a treinar futsal há um mês e a paixão pelo esporte tem aumentado. Um dos motivos por ter ingressado no time é a união e companheirismo da equipe. "A participação feminina no mundial tem trazido muito orgulho, pois mostra que futebol não é só coisa de homem". Considera que a atuação das atletas na Copa tem sido muito significativa e demonstrado que não tem fragilidade e sim muita garra e determinação.
Sobre a Copa de Futebol Feminino
Neste ano, a França recebe a oitava edição da Copa feminina de futebol que, desde 2015, teve aumento do número de seleções participantes de 16 para 24. A Copa é a competição mais importante no futebol feminino internacional. Organizado pela Federação Internacional de Futebol, o órgão controlador do esporte, o torneio da Copa do Mundo é realizado desde 1991. O Brasil ocupa a 10ª posição no ranking da Fifa e já participou de todas as edições da Copa do Mundo. A seleção brasileira é campeã da Copa América 2018. Essa conquista levou a equipe à Copa da França, que teve início no dia 7 de junho e se encerra em 7 de julho.
Há grande discrepância na valorização das atletas em muitos esportes. "Percebemos que a cultura no nosso país ainda fica devendo, há uma diferença muito grande para o futebol masculino", avalia o coordenador de Esportes do Instituto, professor Carlos Henrique Paulino. Especialmente no futebol, as seleções femininas sofrem com a falta de dinheiro e de estrutura, apesar de contarem com grandes expoentes da categoria, como a brasileira Marta, eleita pela sexta vez, em 2018, como a melhor jogadora do mundo pela Fifa. O Brasil venceu a última disputa com a Itália e se classificou para as oitavas de final.
Texto e Fotos: Ascom/ IFSULDEMINAS - Campus Machado
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