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10º Encontro de Agroecologia

Movimento agroecológico do Sul de Minas lança carta de compromisso para os próximos 10 anos

Confira a carta assinada!

Representantes de instituições de ensino, movimentos sociais e organizações da sociedade civil do Sul de Minas Gerais lançaram, neste mês de maio, uma carta de compromisso com a defesa da agroecologia nos próximos dez anos na região.

Elaborada coletivamente a partir do 10° Encontro de Agroecologia realizado no Instituto Federal do Sul de Minas (IFSULDEMINAS) - Campus Machado, no dia 23 de novembro de 2022, a carta apresenta diretrizes de ação para a defesa da reforma agrária popular e da agroecologia, compreendida pela articulação dos sujeitos da região como ciência, prática e movimento.

Além de externalizar o compromisso do movimento agroecológico no território sul mineiro, o objetivo da carta é apresentar essas diretrizes de ação para as instituições em que estão vinculados os Núcleos de Estudo e Pesquisa, visando o seu fortalecimento.

As propostas são orientadas pela busca por soberania alimentar e pela construção de um território livre de agrotóxicos e de uma sociedade mais justa e igualitária e estão organizadas por eixos de atuação: educação e cultura; comunicação; meio ambiente; trabalho; política; saúde; e arte e cultura.

A carta é assinada pelo Núcleo de Estudos em Agroecologia e Produção Orgânica (NEAPO) do IFSULDEMINAS - Campus Machado, pelo Núcleo de Estudos em Trabalho, Agroecologia e Soberania Alimentar (NETASA) da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG), pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e pelo Polo Agroecológico do Sul e Sudoeste de Minas.

 

Texto: Polo Agroecológico do Sul e Sudoeste de Minas
Data da atualização: 24/05/2023

 

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Mais de 200 pessoas participam do 10º Encontro de Agroecologia

 Participantes assinam carta com compromissos para os próximos 10 anos

 

 

Nesta quarta-feira, 23 de novembro, alunos, servidores e pesquisadores do IFSULDEMINAS - Campus Machado, da Universidade Federal de Alfenas (Unifal), da Universidade Federal de Lavras (UFLA), colaboradores da Cooperativa dos Agricultores Familiares de Poço Fundo (Coopfam), integrantes do Movimento sem Terra (MST) e coletivos participaram da décima edição do Encontro de Agroecologia. A programação do evento teve como tema “Fome e Crise Climática: a hora de uma revolução agroecológica”.

A abertura ocorreu no Espaço Sociocultural do Campus. A mesa de honra contou com a participação da diretora geral do Campus Machado, professora Aline Manke; do coordenador de Extensão, professor Pedro Luiz Costa Carvalho; do pró-reitor de Extensão da Unifal-MG, professor José Francisco Lopes Xarão; da DSC 0326coordenadora do evento, professora Leda Gonçalves; do militante Marcos Bertachi, representante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e do Núcleo de Estudos em Trabalho, Agroecologia e Soberania Alimentar (NETASA) da UNIFAL; e Ushi Silva, representante do Polo Agroecológico do Sul e Sudoeste de Minas.

O evento é organizado pelo Núcleo de Estudos em Agroecologia e Produção Orgânica (NEAPO), do IFSULDEMINAS - Campus Machado; Núcleo de Estudos em Trabalho, Agroecologia e Soberania Alimentar (NETASA), da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG); Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST); e pelo Polo Agroecológico do Sul e Sudoeste de Minas.

DSC 0814 001Em seu discurso, a diretora geral do Campus Machado, professora Aline Manke, fez algumas ponderações ao refletir sobre a fome, a crise climática e a revolução agroecológica como solução. “Espero que seja um dia rico de discussões. E acredito que logo precisaremos transferir o evento para o auditório principal, o que demonstra o engajamento do pessoal com o tema. Tenho certeza de que o tema será tratado com propriedade pela mesa de trabalho. Espero que se sintam acolhidos pela nossa instituição”.

O pró-reitor de Extensão da Unifal, professor Xarão, saudou os responsáveis pela organização do evento e todos os integrantes da mesa. Compartilhou sua experiência na área, desde a época que morava no Rio Grande do Sul e ressaltou o quanto o tema já avançou e o quanto ainda precisa avançar. Ele também lembrou que para isso acontecer, mais pessoas precisam ingressar na luta. “Temos que consolidar o Polo Agroecológico no Sul e Sudoeste de Minas”. Segundo o professor, o objetivo é demonstrar a viabilidade da proposta. “Não conheço ninguém que tenha experimentado o alimento agroecológico e que tenha preferido outro”, disse.

DSC 0333O coordenador de Extensão, professor Pedro Costa Carvalho, enfatizou a importância de eventos como o Encontro de Agroecologia, pois possibilitam a troca de conhecimentos com a comunidade, pilar da extensão. Agradeceu aos organizadores. “Espero que possamos crescer, como a Aline comentou, e amadurecer nas discussões sobre temática, como mencionou o pró-reitor da Unifal”.

O militante Marcos Bertachi comentou que é grato ao IFSULDEMINAS - Campus Machado, por ter formado técnicos em Agropecuária na Pedagogia da Alternância e com ênfase na Agroecologia. Para ele, não adianta o País ser exportador de commodities e lidar com o problema da fome. “Temos que olhar para o futuro. E o futuro é a Agroecologia”, disse.

DSC 0341Para a representante do Polo Agroecológico do Sul e Sudoeste de Minas, Ushi Silva, o momento é oportuno para discutir a questão da fome, considerando o cenário atual. “Que possamos sair daqui com muitas ideias e consolidar novos caminhos. Agroecologia é a resposta para as dificuldades”.

A professora Leda Gonçalves, coordenadora do evento, enfatizou que considera o dia muito especial, pois a ocasião também foi um momento de comemoração dos 10 anos do Neapo. Lembrou que o Encontro de Agroecologia já ocorreu por dois anos on-line, em função da pandemia. “Hoje voltamos a construir o evento com representantes de muitas instituições e associações de forma presencial”. Leda agradeceu ao IFSULDEMINAS pelo apoio, a todos alunos que participaram e ajudaram a construir o grupo. Também ressaltou a importância de continuar buscando apoio e recursos para as ações e lembrou que o tema só avançará com o fortalecimento dos grupos em institutos e universidades.

DSC 0358Durante a mesa-redonda, o coordenador técnico regional da Emater/MG, Leonel Santino de Lima, explicou como funciona a empresa de assistência técnica e extensão rural do sul de Minas Gerais e falou sobre o apoio prestado aos extensionistas. Ressaltou que a agroecologia atua como ferramenta para melhorias na agricultura e lembrou o professor Sebastião Pinheiro. “O alimento é a energia do sol transformada pelo suor do camponês. Não basta cultivar o alimento é preciso fazer com que ele chegue a quem precisa”.

O professor Sérgio Pedini, coordenador do Núcleo de Agroecologia, considera este evento um marco para o Campus Machado e uma referência nacional.  “Devemos todos comemorar a chegada da décima edição. Um espaço importantíssimo para debatermos sobre um outro mundo rural possível”, explica. Pedini reconhece a importância do agronegócio como motor da economia do País, porém também compreende os problemas do modelo convencional, impactos ao meio ambiente e relações de trabalho. “Eu, como coordenador do projeto do Polo Agroecológico do Sul e Sudoeste de Minas Gerais, apoio, valorizo e integro essa iniciativa, pois faz parte dos objetivos previstos na Lei 23.939/21 e grande parte dos integrantes do Polo estiveram presentes. Vida longa ao Encontro de Agroecologia!”.

Gil Pedro Lara esteve nas edições 2013 e 2014 e se mostrou muito feliz em participar do evento que comemora 10 anos. Durante o Encontro, apresentou um trabalho de mestrado ligado ao Polo Agroecológico. “Acredito que estes momentos são muito importantes para debatermos temas relevantes para agroecologia, como as políticas públicas e os mercados, essenciais para o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar no País. Fiquei muito grato e animado!”,  

DSC 0829 001Uma feira agroecológica expôs produtos orgânicos e agroecológicos ao lado do Espaço Sociocultural. Ao final do dia, uma carta foi apresentada aos participantes, firmando compromisso, entre as instituições presentes no Encontro, de defender os princípios que norteiam a agroecologia e estabelecer metas para os próximos 10 anos. “A intenção é conseguirmos a assinatura das instituições de ensino, movimentos sociais, associações e outros grupos a fim de fortalecermos as condições de desenvolvimento de cada meta”, comentou a assistente social do Campus Machado e integrante do Neapo, Nathalia Brant.

 

Texto e fotos: Ascom/ IFSULDEMINAS - Campus Machado

 

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