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Resultado OMIF 2023

Estudantes do Campus Machado conquistam ouro e prata na OMIF

Foto do GuilhermeOs estudantes Guilherme Reis de Lima e Mariana Tana conquistaram medalhas de ouro e prata, respectivamente, na etapa final da Olimpíada de Matemática das Instituições Federais (OMIF), realizada este ano pelo Instituto Federal do Mato Grosso (IFMT) - Campus Cuiabá - Bela Vista. Ao todo, 13 estudantes de diversos campi representaram o IFSULDEMINAS na competição, sendo 5 do Campus Machado. Além dos medalhistas, os estudantes Bernardo Gomes Negri, João Vitor Pereira Caixeta e Julio Iglesias Alexandre da Paz foram classificados para a final na primeira etapa da olimpíada, realizada de 21 a 23 de novembro de 2023.

A fase final da competição ocorreu entre os dias 24 e 26 de maio deste ano e consistiu em uma prova dissertativa composta por cinco questões. Além das provas, os estudantes participaram de palestras, minicursos, oficinas, mostras de jogos, dinâmicas e outras atividades. 

Desde 2020, a OMIF adotou uma modalidade inclusiva. Neste ano, foram destinadas 10 vagas para pessoas com necessidades específicas em todo o Brasil. Dessas, o Campus Machado classificou três candidatos, destacando-se a medalha de ouro conquistada pelo estudante Guilherme Reis de Lima, do Capturarcurso Técnico em Informática, e os alunos João Vitor Pereira Caixeta e Julio Iglesias Alexandre da Paz. Antes de viajar, Guilherme estava surpreso com a classificação para a segunda fase, mas retornou feliz com o ouro, contando que a conquista o motivou a participar de novas competições.

Sheila Alves Lima de Resende é Profissional de Apoio Educacional Especializado e acompanha Júlio no Campus Machado. Ela conta que o estudante relatou como foi bom e desafiador participar da competição, e que ele conseguiu fazer a prova muito bem e sozinho, mas teve muitas dúvidas com relação à interpretação e usou todo o tempo para completá-la.

João Vitor ficou muito feliz ao saber que foi classificado para a 2ª fase, explica Cássia Aparecida de Carvalho Oliveira, Profissional de Apoio Educacional Especializado que o acompanha. Segundo Cássia, o aluno não ficou ansioso e encarou a situação normalmente. Durante a prova, ele se sentiu um pouco inseguro devido à falta de auxílio, mas conseguiu realizá-la usando um computador. Para Cássia, os alunos que participaram da OMIF pelas vagas destinadas à inclusão mostraram seu potencial tanto durante a viagem para Cuiabá, onde a prova foi realizada, quanto na própria competição, atendendo às expectativas. “Foi muito importante mostrar que, mesmo com suas dificuldades, são pessoas mais do que normais”, comentou.

Todos juntos em passeio 3A professora Kátia Alves Campos, coordenadora do Clube da Matemática do IFSULDEMINAS - Campus Machado, e o servidor Samuel Ricardo da Silva  acompanharam os alunos na viagem. Para Kátia, os resultados superaram muito as expectativas: “Os estudantes que participaram de outras edições relataram que a prova estava mais difícil, mesmo assim conseguimos uma medalha de prata e uma de ouro.”

De acordo com a professora, a vivência dos alunos é um diferencial muito importante, e os ganhos vão além das medalhas. A viagem e a convivência com outros colegas proporcionam aquisição de conhecimento e cultura, contribuindo para o desenvolvimento social e emocional deles. Bernardo, por exemplo, ficou pela primeira vez em um alojamento, enquanto a maioria dos estudantes fez sua primeira viagem de avião. Eles conheceram lugares diferentes, fizeram um tour por Cuiabá, visitaram a segunda caixa d’água mais antiga do mundo, a Orla do Porto, o shopping da capital, o Museu da Imagem e o Marco Geodésico. “Os estudantes se divertiram muito; um dos alunos deu uma verdadeira aula sobre o Marco Geodésico”, contou a professora.

Mariana Naves Tana, que recebeu a medalha de prata, é veterana em competições e acumula 19 medalhas em olimpíadas do conhecimento: 8 de ouro, 9 de prata, 2 de bronze e 2 menções honrosas. Entre os principais desafios enfrentados por ela estão competições de Matemática, Física e Astronomia. Mariana já concluiu o Ensino Médio e está cursando Física na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

 

Olimpíada Inclusiva

Nesta edição da OMIF, três estudantes da modalidade inclusiva se destacaram: Guilherme Reis Lima, do IFSULDEMINAS - Campus Machado, medalhista de ouro e com baixa visão; Guilherme Oliveira de Souza, do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), medalhista de prata e portador do transtorno do espectro autista (TEA); e Jousiclécia Almeida dos Santos, do Instituto Federal de Alagoas (IFAL), medalhista de bronze e deficiente visual total.

Aplicação da OMIFAlém de garantir a participação de todos os estudantes da Rede Federal, a OMIF promove a inclusão adaptando as provas para estudantes com deficiência e neurodivergentes. Em 2020, foi aplicada a primeira prova adaptada para estudantes com deficiência visual, e houve acessibilidade nas atividades do evento, que naquela ocasião ocorreu de forma virtual. Um aluno com baixa visão recebeu medalha de prata.

Na edição de 2021, a OMIF introduziu mais recursos de acessibilidade, incluindo prova ampliada, prova gravada em áudios (com auxílio de ledor via podcasts), prova filmada em Libras, tempo adicional de uma hora e auxílio de transcritor. Estudantes com deficiência, TEA e outras necessidades específicas foram contemplados com medalhas.

Na edição de 2022/2023, realizada presencialmente, as provas ocorreram em duas fases. Houve ampliação da Comissão de Acessibilidade e Inclusão, e o regulamento da OMIF foi modificado para reservar 5% das vagas da segunda fase para estudantes com deficiências, TEA e outras necessidades específicas. Os melhores desempenhos foram agraciados com medalhas. Um estudante com TEA recebeu medalha de ouro, e uma estudante cega ganhou a medalha de prata.

Na edição atual (2023/2024), também realizada presencialmente, a comissão foi consolidada. Os materiais táteis evoluíram para impressão 3D, com legendas em Braille. O professor Renato Machado Pereira, coordenador da OMIF, destacou o trabalho conduzido pela comissão e por toda a equipe da Olimpíada. “O que nos diferencia das outras olimpíadas é que temos uma comissão de acessibilidade e inclusão e uma equipe muito dedicada, inclusive com pessoas gabaritadas na área de educação especial no Brasil”. Ele explica que são pessoas engajadas no tema, o que tem tornado possível a inclusão dentro da olimpíada. Há três intérpretes de Libras responsáveis pelas traduções e pelas provas adaptadas, além de servidores de diversos IFs sob coordenação da professora Tatiane Tagino Comin, do IF Baiano, e profissionais especialistas em educação inclusiva.

 

Texto: Ascom/ IFSULDEMINAS - Campus Machado

Fotos: Divulgação

 

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