Novembro Azul
Novembro Azul é o mês de prevenção ao câncer de próstata e diabetes
Em 2003, teve início o movimento Novembro Azul na Austrália com o objetivo de chamar a atenção para a prevenção e o diagnóstico precoce das doenças que atingem a população masculina, com ênfase na prevenção do câncer de próstata. No entanto, o mês também é uma data utilizada para outro alerta igualmente importante: o diabetes. Definido pela Federação Internacional de Diabetes e a OMS, 14 de novembro é, desde 1991, o Dia Mundial do Diabetes.
Diariamente, 42 homens morrem em decorrência do câncer de próstata e, aproximadamente, 3 milhões vivem com a doença. Conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) foram diagnosticados 68.220 novos casos de câncer de próstata e cerca de 15 mil mortes/ano em decorrência da doença no Brasil, para cada ano do biênio 2018/2019.
Câncer de Próstata
O Câncer de Próstata é o resultado de uma multiplicação desordenada das células da próstata, uma glândula do sistema genital masculino localizada na frente do reto e embaixo da bexiga urinária, sendo que a medida varia com a idade. Em homens mais jovens tem aproximadamente o tamanho de uma noz, mas pode ser muito maior em homens mais velhos. A função da próstata é produzir o fluido que protege e nutre os espermatozoides no sêmen, tornando-o mais líquido, quando há presença de câncer, a glândula endurece.
Na fase inicial, o câncer de próstata não tem sintomas. Em 95% dos casos, eles aparecem em estágio avançado onde os sintomas são: sensação de que sua bexiga não se esvaziou completamente e ainda persiste a vontade de urinar, dificuldade de iniciar a passagem da urina, dificuldade de interromper o ato de urinar ou urinar, necessidade de fazer força para manter o jato de urina, necessidade premente de urinar imediatamente, sensação de dor na parte baixa das costas ou na pélvis (abaixo dos testículos), problemas em conseguir ou manter a ereção, sangue na urina ou no esperma (esses são casos muito raros), dor durante a passagem da urina, quando ejacula, nos testículos na lombar, na bacia ou nos joelhos e sangramento pela uretra.
Os exames preventivos frequentes são fundamentais para que a doença não seja descoberta em estado avançado. Homens a partir dos 50 anos de idade ou 45, se houver casos de câncer de próstata na família e histórico familiar de câncer de próstata, devem procurar um urologista anualmente para realizar os exames preventivo.
Um dos exames é o toque retal. Cerca de 20% dos pacientes com câncer de próstata são diagnosticados somente pela alteração no toque retal. O exame é rápido e indica se a próstata apresenta algum tipo de alteração. Caso a alteração seja detectada, o médico pode solicitar outros exames para confirmar o diagnóstico, como o PSA (Antígeno Prostático Específico), o ultrassom transretal e a biópsia da glândula, que consiste na retirada de fragmentos da próstata para análise. Só então é feito o diagnóstico.
O tratamento depende do estágio da doença, que em alguns tipos possui crescimento lento. Em determinados casos, é recomendado monitoramento. Outros tipos são agressivos e necessitam de radioterapia, cirurgia, terapia hormonal, quimioterapia ou outros tratamentos.
Diabetes
O diabetes afeta 380 milhões de pessoas no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil são mais de 13 milhões de diabéticos, o que representa 6,9% da população.
Diabetes é uma doença crônica na qual o corpo não produz insulina ou não consegue empregar adequadamente a insulina que produz. A insulina é um hormônio que controla a quantidade de glicose (açúcar) no sangue. O corpo precisa desse hormônio para utilizar a glicose, que obtemos por meio dos alimentos, como fonte de energia.
Quando a pessoa tem diabetes, no entanto, o organismo não fabrica insulina e não consegue utilizar a glicose adequadamente. O nível de glicose no sangue fica alto - hiperglicemia. E com a permanência desse quadro por longos períodos, poderá haver danos em órgãos, vasos sanguíneos e nervos. Os valores de glicemia considerados normais estão entre 70 e 99 mg/dL e para o diagnóstico de diabetes valores superiores a 125 mg/dL.
Prevenção
Entre as recomendações formais para a prevenção do diabetes estão a prática de uma alimentação saudável, controle do peso, atividades físicas regulares e consultar o médico, fazendo exames regulares de diagnóstico.
Fatores de Risco
- Sedentarismo;
- Sobrepeso e Obesidade;
- Idade superior a 45 anos;
- Pais ou irmão com diabetes;
- Parto de bebê com peso superior a 4 kg ou ter recebido o diagnóstico de diabetes gestacional;
- Pressão arterial igual ou superior a 140/90 mmHg ou ter sido tratado para pressão alta;
- HDL, o “bom” colesterol, abaixo de 35 mg/dL ou triglicérides acima de 250 mg/dL;
- Síndrome do ovário policístico;
- Resultados de exame de glicemia de jejum ou de tolerância de glicose alterados;
- Outras condições associadas com resistência à insulina, como obesidade grave ou acantose nigricans, doença de pele caracterizada pela presença de região escura e com aspecto aveludado, especialmente nas dobras do corpo, como axila e pescoço;
- Histórico de doença cardiovascular.
Existem Três Tipos Mais Comuns de Diabetes
Diabetes Tipo 1
É também conhecido como diabetes insulinodependente, diabetes infanto-juvenil e diabetes imunomediado. Neste tipo de diabetes a produção de insulina do pâncreas é insuficiente pois suas células sofrem o que chamamos de destruição autoimune. Os portadores de diabetes tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manterem a glicose no sangue em valores normais. Há risco de vida se as doses de insulina não forem administradas diariamente. O diabetes tipo 1 embora ocorra em qualquer idade é mais comum em crianças, adolescentes ou adultos jovens.
Os sintomas incluem sede excessiva, micção frequente, fome, cansaço, perda de peso, fraqueza, fadiga, mudanças de humor, náusea e vômito. O tratamento visa a manutenção dos níveis normais de açúcar no sangue com acompanhamento regular, insulinoterapia, dieta e exercícios físicos.
Diabetes tipo 2
É também chamado de diabetes não insulinodependente ou diabetes do adulto e corresponde a 90% dos casos de diabetes. Ocorre geralmente em pessoas obesas com mais de 40 anos de idade embora na atualidade se vê com maior frequencia em jovens , em virtude de maus hábitos alimentares, sedentarismo e stress da vida urbana. Neste tipo de diabetes encontra-se a presença de insulina porém sua ação é dificultada pela obesidade, o que é conhecido como resistência insulínica, uma das causas de HIPERGLICEMIA. Por ser pouco sintomática o diabetes na maioria das vezes permanece por muitos anos sem diagnóstico e sem tratamento o que favorece a ocorrência de suas complicações no coração e no cérebro.
Os sintomas incluem aumento da sede, micção frequente, fome, cansaço e visão turva, fome frequente, sede constante, formigamento nos pés e mãos, vontade de urinar diversas vezes, infecções frequentes na bexiga, rins, pele e infecções de pele, feridas que demoram para cicatrizar e visão embaçada. Os tratamentos incluem dieta, exercícios físicos, medicamentos e terapia com insulina.
Diabetes Gestacional
A presença de glicose elevada no sangue durante a gravidez é denominada de Diabetes Gestacional. Geralmente a glicose no sangue se normaliza após o parto. No entanto as mulheres que apresentam ou apresentaram diabetes gestacional, possuem maior risco de desenvolverem diabetes tipo 2 tardiamente, o mesmo ocorrendo com os filhos.
Texto: Setor de Saúde revisado pela Ascom - Campus Machado
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