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Patente

Publicado: Sexta, 13 de Setembro de 2019, 16h15 | Última atualização em Segunda, 16 de Setembro de 2019, 13h22

IFSULDEMINAS recebe sua primeira patente de invenção 

Equipamento foi desenvolvido pelo Campus Machado em parceria com a Pinhal Máquinas

foto3 1Na última terça-feira, 10 de setembro, o Instituto Federal do Sul de Minas (IFSULDEMINAS) recebeu sua primeira patente. O Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI) reconheceu a propriedade de invenção de um descascador de café cereja sem utilização de água. O projeto, desenvolvido em 2015 por meio de uma parceria público privada com a empresa Pinhal Máquinas, é de autoria do diretor-geral do Campus Machado, professor Carlos Henrique Rodrigues Reinato, com o apoio de seus alunos/orientandos da época Oswaldo Lahmann Santos, Emerson Loiola Franco, Juliano Donizete Junqueira, Diogo José Nascimento e dos proprietários da Pinhal Máquinas José Claudemir Cândido, Marlon César Pagentine Tito e Cláudio Bortoni. 

De acordo com a coordenadora do Núcleo de Inovação Tecnológica, Adélia Maria Spacek Dantas, o processo de registro de patente começou com um Termo de Cooperação Técnica feito com a Empresa Cândido Bortoni & Tito Ltda, ainda em 2014, para o desenvolvimento de polos de pesquisas de equipamento para manejo e pós-colheita de café. Em 24 de junho de 2015, foi feito o pedido de depósito de patente referente ao "Descascador de Drupas sem utilização de água", por meio do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT). Esta é o primeira carta patente concedida, mas o IFSULDEMINAS já possui 15 pedidos de depósito de patente registrados. 

A inovação tecnológica gera inúmeros benefícios ambientais e econômicos à cafeicultura. O Brasil é o maior exportador e produtor mundial do grão. Estima-se que 70% desta produção seja proveniente de pequenas e médias propriedades. Porém, atualmente, somente as médias e grandes, em sua maioria, fazem uso de máquinas descascadoras de café cereja, que reduzem o volume para a secagem em 40 a 50%, e preservam uma melhor bebida, agregando valor.

O problema estava nos investimentos necessários para o tratamento do volume de resíduos líquidos do processo do descascamento, o que é 10 vezes mais poluente que o esgoto urbano. Isso inviabilizava o uso das máquinas pelos pequenos produtores, além de gerar um gasto de três a cinco litros de água por litro do grão processado. Com a máquina patenteada e a partir do uso da gravidade, o impacto ambiental é reduzido drasticamente. Já o custo menor propicia o uso pelos pequenos produtores e sua substituição nas médias e grandes propriedades rurais. A casca restante pode ser compactada e transformada em adubo.

Foto 1O mercado potencial é vasto e se enquadra num universo de cerca de 250 mil cafeicultores brasileiros, além de mais de 500 mil na Colômbia e outros 500 mil no México, bem como em outros países. Para o reitor do IFSULDEMINAS, professor Marcelo Bregagnoli, "a ação só reforça uma das missões da instituição: a busca de inovaçoes que auxiliem o desenvolvimento do arranjo produtivo local, nesse caso a cafeicultura. Não obstante, trata-se de um marco institucional, pois servirá de exemplo e motivação para pesquisadores e inovadores da instituição", comentou.

Segundo o coordenador da pesquisa, professor Carlos Henrique Rodrigues Reinato, a inovação tecnológica, que é a primeira patente concedida ao IFSULDEMINAS, traz inúmeros benefícios à sociedade. “Primeiro com a redução do gasto com a água, cada vez mais rara, e com o fim da poluição gerada. Segundo, por abrir novas possibilidades à agricultura familiar, com a diminuição dos custos e preservação da bebida, com sua valorização no mercado”.

Pinhal Máquinas

Esta é a primeira parceria da Pinhal Máquinas com o IFSULDEMINAS. Para o sócio-proprietário da empresa, José Claudemir, “o maior desafio foi, no início, não acreditarem que o processo aconteceria sem água. Eu só tinha conhecimento de algumas máquinas que consumiam menos líquido, mas não como a nossa, que não usa nada. Com o incentivo de pessoas que acreditaram e insistiram, a gente trabalhou muito e deu certo”, disse. Há dois modelos do produto, o de 3 mil litros e a de 6 mil litros por hora. O menor custará cerca de R$ 20 mil e o maior R$ 35 mil. Segundo o sócio da Pinhal Máquinas, Marlon Piagentini, “a empresa trabalha com financiamentos via Finame, e estão ingressando no Pronaf Mais Alimentos, programa do Governo Federal voltado ao pequeno produtor”.

Confira a matéria da EPTV Sul de Minas!

Saiba mais sobre a Pinhal Máquinas

A Pinhal Máquinas é uma empresa brasileira localizada na cidade de Espírito Santo do Pinhal, no interior de São Paulo. Iniciou su as atividades em setembro de 2002, fornecendo equipamentos para processamento de café e apoio técnico especializado. Ao longo dos anos, a companhia investiu na fabricação de máquinas para via úmida e seca de café. Atualmente produz diversos equipamentos para processamento de cafés naturais, cereja e descascado, além de atuar na montagem, manutenção e reformas. Veja mais em: pinhalmaquinas.com.

 

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