Sábado Letivo
Programação de “Sábado letivo” e reunião de pais, responsáveis e mestres agitaram manhã no Campus Machado
No dia 17 de agosto, o IFSULDEMINAS - Campus Machado promoveu mais uma edição do "Sábado Letivo". A programação foi organizada pela Direção de Ensino em parceria com professores de Matemática, oferecendo uma manhã repleta de palestras, oficinas e jogos interativos. Este foi o segundo sábado letivo do semestre e fez parte da reposição de atividades, conforme o calendário acadêmico aprovado pelo Conselho Superior da instituição. A Feira de Matemática foi uma das atividades destinadas aos alunos dos cursos técnicos.
A Feira reuniu professores de diversas áreas. Ao todo, mais de 200 alunos se inscreveram para participar. No evento, coordenado pelas professoras Kátia Alves Campus e Poliana Ester da Silva, os estudantes dos cursos técnicos integrados apresentaram 14 palestras e organizaram 34 exposições de jogos. Diversos temas foram abordados pelos estudantes, articulando a matemática com outras áreas, como “A matemática do xadrez”, “A Fração e a Música”, “Regra de Três na Agropecuária”, “Teodolito Caseiro” e muitos outros.
Jogos inusitados proporcionaram uma diversão à parte. "Roleta das Equações", "Cara a Cara Matemático", "Batalha Naval", "Corrida das Equações" e "Acerte o Alvo" foram algumas das dinâmicas que desafiaram alunos e professores. Uma palestra com a professora Dayanny Carvalho Lopes Alves, do curso de Administração, abordou a importância do marketing pessoal na trajetória profissional.
O período da manhã no campus também foi dedicado à recepção de pais e responsáveis dos alunos do Técnico Integrado para a entrega de notas. A reunião com a equipe pedagógica ocorreu nas salas de aula do setor III. De acordo com a pedagoga Débora Carvalho, esse é um momento em que os responsáveis verificam as notas dos alunos e têm a oportunidade de conversar com os professores para esclarecer dúvidas, especialmente em casos de baixo rendimento dos estudantes.
Oficinas e palestras da Feira de Matemática
O professor Ivan Caixeta foi o orientador de alunos do Técnico em Agropecuária na palestra “Estimativa de Safra do Cafeeiro”. Maria Eduarda da Silva Serafini, Gustavo Vilela Costa e Kaio Martins chamaram a atenção dos participantes e a apresentação, que estava prevista para durar cerca de 20 minutos, se estendeu quando foi aberta para perguntas. “O que despertou a atenção foi a precisão da conta para a estimativa de safra”, explicou o aluno Gustavo.
Segundo o professor Ivan, a estimativa de safra ocorre em dois períodos, em março e dezembro. Ele explica que é necessário selecionar aleatoriamente 25 plantas, nas quais se deve contar os frutos dos 4º e 5º nós produtivos de dois ramos (um superior e um inferior) de cada planta, totalizando 50 ramos. Também são coletados dois frutos de cada ramo para analisar os grãos que boiam, os quais são incluídos no cálculo final. A altura e o espaçamento das plantas também são inseridos em uma fórmula matemática.
Ivan esclarece que, atualmente, esse levantamento é realizado pelos agrônomos de cooperativas e associações com base apenas na observação visual. “O cara anda na lavoura e chuta, estimando que vai dar tanto”. O método proposto, porém, utiliza um cálculo matemático baseado em dados reais da lavoura, com um percentual de precisão em torno de 95%.
O professor Emerson Carvalho, da área de Informática, acompanhou a palestra e compartilhou que seu interesse pelo tema vem da família, já que o pai é produtor e ele cresceu nesse ambiente. “Fui ver a apresentação para entender melhor as questões de previsão de safra e verificar se seria algo passível de automação por meio de software”, explicou.
Emerson achou muito interessante a forma como o processo é conduzido pelos alunos sob a orientação do professor Ivan, tanto que, ao sair da apresentação, pediu o modelo matemático a Ivan. “Explicaram todo o contexto para mostrar a importância da previsão e ao final mostraram como é feito”. Na avaliação do professor, o modelo é bem fundamentado e tem potencial para alcançar excelentes resultados, desde que seja bem aplicado.
Nycollas Richard Pereira dos Santos é estudante do Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio e gostou bastante de participar da Feira de Matemática do Campus. Ele ministrou a palestra “Análise combinatória e a probabilidade no contexto do jogo de truco” . O estudante acredita que o fato do truco ser um jogo muito popular na escola ajudou no entendimento das pessoas. “Foi um evento onde pude levar alguma nova informação para as pessoas, o que, por si só, me motivou a pesquisar e aprender mais. Além disso, tive a oportunidade de participar de jogos matemáticos de outros alunos, o que foi muito divertido”, contou.
Já a aluna Gabriella Caproni da Silva participou como ouvinte dos trabalhos das outras turmas, mas também apresentou uma palestra, junto aos colegas, relacionando música e matemática. O grupo desenvolveu um instrumento musical, o monocórdio. “Neste trabalho, relacionamos as frações com o surgimento das notas musicais e do primeiro instrumento feito. Além disso, após a explicação ficamos disponíveis para a retirada de possíveis dúvidas”, explicou a aluna.
Jogos e brincadeiras
A professora Kátia, coordenadora da Feira, considerou todas as apresentações fabulosas e mencionou que uma das reclamações recebidas foi o tempo curto do evento. No entanto, a organização precisou adaptar a programação para o sábado, reduzindo a duração de uma ação que inicialmente previa 8 horas.
Entre os diversos jogos propostos, "Torta na Cara" foi uma das brincadeiras que mais chamou a atenção. O professor Clóvis Gomes de Carvalho, da área de Biologia, coordenou a brincadeira e destacou que a sala esteve “bastante movimentada, com os alunos participando ativamente da condução e da atividade propriamente dita”. Segundo o professor, os organizadores faziam perguntas sobre operações matemáticas (soma, subtração, divisão e multiplicação) em três níveis: fácil, médio e difícil. Quem apertava a campainha primeiro tinha cinco segundos para responder. Se errasse, levava uma torta na cara.
As ações "Vértice da Pirâmide: Aventuras em Números" e "Desafio Matemático" foram coordenadas pelo professor Geveraldo Maciel, da área de Química. Ele considerou a atividade envolvente e instrutiva. “Foi bem participativo. Os alunos ficaram o tempo todo na ação e o público presente também”.
Texto: Ascom/ IFSULDEMINAS - Campus Machado
Fotos: Divulgação
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