Premiação OLAA 2022
Estudante do IFSULDEMINAS - Campus Machado conquista o ouro na Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica
No sábado, 08 de outubro, a estudante Mariana Naves Tana, de 17 anos, retornou ao Brasil com uma medalha de ouro no peito. A equipe formada por estudantes brasileiros, da qual a aluna faz parte, venceu na última sexta-feira, dia 07, a Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA), que aconteceu no Panamá.
Além de Mariana, outros quatro brasileiros integraram o time vencedor na OLAA 2022: Gabriel Consentino Botrel Chalfun (Lavras/MG) - Instituto Presbiteriano Gammon, Hugo Fares Menhem (São Paulo/SP) - Colégio Dante Alighieri, Murilo Martins Trevisan (Valinhos/SP) - Etapa Educacional, e Davi de Lima Coutinho dos Santos (Itatiba/SP) - Anglo.
Durante a Olimpíada, os jovens disputaram provas de conhecimentos teóricos e práticos individualmente e em equipes formadas por estudantes de diversos países. Além disso, os estudantes fizeram testes de observação que incluem a localização de estrelas em um planetário ou a céu aberto e o teste que consiste em construir foguetes de materiais recicláveis impulsionados por água e ar. No final da olimpíada, aqueles alunos com mais pontuações são agraciados com medalhas e menções.
Para ingressar na competição, os jovens selecionados participaram de um processo de mais de um ano desde a realização da 24ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), em 2021. Depois de selecionados, passaram por uma bateria de provas e treinamentos virtuais e presenciais. O treinamento ofereceu aulas duas vezes por semana com astrônomos profissionais, provas e listas de exercícios elaboradas pela comissão de treinamento, formada por voluntários que já participaram e conquistaram medalhas em olimpíadas, afirmou o professor Eugênio Reis, vice-coordenador nacional da OBA e um dos responsáveis pela preparação da Seleção Brasileira de Astronomia, em nota à imprensa.
A XIV Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA) recebeu 127 participantes de 19 países, dos quais 77 são estudantes do oitavo ao décimo segundo ano, que demonstraram e aplicaram seus conhecimentos em astronomia, astronáutica e ciências afins.
Na edição deste ano, participaram alunos da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai, Venezuela e Panamá, como país anfitrião. De acordo com a organização do certame, 70% dos participantes foram do sexo masculino e 30% do sexo feminino, o que incentiva a participação das mulheres nas atividades de ciências espaciais.
Estudante aplicada
Mariana é a única integrante do sexo feminino na equipe brasileira. A aluna já possui 15 medalhas em olimpíadas do conhecimento: 7 medalhas de ouro, 6 medalhas de prata e 2 de bronze. Entre os principais desafios encarados por ela estão: Matemática, Física e Astronomia.
A estudante é natural de Três Pontas e está matriculada no segundo ano do Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio do IFSULDEMINAS - Campus Machado. Durante a semana, mora no alojamento estudantil da instituição com a irmã gêmea Beatriz Tana, que também participa de competições de conhecimento.
Rosângela Naves é mãe das estudantes e fala com orgulho do desempenho das filhas. “Elas sempre foram ótimas alunas e muitas vezes recebiam certificado de honra ao mérito. Sempre incentivei, porque elas gostam de participar de competições e é muito gratificante pra mim quando ganham alguma premiação”.
Mariana conta que “as provas não estavam tão difíceis, mas esperava que fossem mais fáceis”. Ela costuma se preparar para provas, estudando por conta também. Além da medalha de ouro, a aluna também recebeu um certificado das “Melhores Provas Observacionais”.
Esta é a segunda competição internacional disputada pela estudante. A primeira foi em 2019, quando ela e a irmã participaram da Olimpíada Internacional de Matemática na Tailândia, o que lhe rendeu a medalha de bronze.
“Eu fiquei satisfeita com o apoio dos professores que se interessaram em inscrever os alunos nessas competições. Não conheço todos, mas agradeço aos que tive contato por conta dessas últimas competições, como o professor Renato Alexandre Oliveira, que se empenhou bastante, a professora Kátia Alves, com quem as meninas viajaram há poucos dias e de quem gostam muito. Por telefone, também tive contato com a diretora Aline, que também nos ajudou. Acho muito importante a Escola e os professores incentivarem e ajudarem tudo isso”, conta Rosângela.
Renato é professor de Física do Campus Machado e explica que fez o possível para ajudar, por exemplo, trazendo essas competições para o Instituto. "Como ela é uma pessoa muito dedicada e interessada por Astronomia, já esperava que ela tivesse um bom desempenho. Mas sem dúvida, a conquista da medalha de ouro é o reconhecimento pela dedicação da Mariana, ela trouxe um marco, uma conquista para o Brasil."
Saiba mais sobre a competição
A OLAA Panamá 2022 visa inspirar estudantes para carreiras relacionadas às ciências espaciais, educar o público sobre atividades relacionadas à astronomia e fomentar a cooperação nacional e internacional neste campo.
A competição aconteceu no Centro de Convenções Cidade do Conhecimento, Clayton, Cidade do Panamá, de 03 a 07 de outubro. A OLAA Panamá 2022 foi realizada presencialmente após dois anos de forma virtual, devido à pandemia.
O evento é organizado pela Secretaria Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (Senacyt), Fundação Cidade do Conhecimento (FCDS) e Centro Nacional de Ciências Espaciais do Panamá (CENACEP), e conta com o apoio de empresas privadas, instituições acadêmicas e grupos organizados.
Estudantes recebem premiação na Competição Estadual de Matemática
OLAA 2022 é uma competição fundada em 20 de outubro de 2008 na Faculdade de Ciências da Cidade de Montevidéu, Uruguai, com a presença de delegados do Brasil, Colômbia, Chile, México (via internet), Paraguai e Uruguai. Alunos que já venceram as Olimpíadas nacionais em seus respectivos países participam da competição.
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