Colheita no Campus
IFSULDEMINAS - Campus Machado se prepara para a colheita de café
Área de aproximadamente 13 hectares é usada para atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão
Nos próximos dias, o Campus Machado dará início à colheita de café na escola-fazenda. Neste ano, o setor produtivo da instituição estima colher cerca de 280 sacas. Em 2018, colheu 516. Aydson Neves Rezende, técnico em Agropecuária, cuida da produção interna e explica que este é o ano de entressafra e que a colheita será feita de forma mecanizada. Se tudo ocorrer dentro do previsto, até o final deste mês.
No último fim de semana, a preocupação com a geada alarmou todo o sul de Minas, sem grandes reflexos à cafeicultura, pouco significativa, inclusive, no que diz respeito à alta do preço explica o diretor-geral do campus, professor Carlos Henrique Reinato. Segundo o técnico Aydson, as lavouras de cafés do campus estão em locais altos e não foram atingidos pela geada.
Uma área de aproximadamente 13 hectares é utilizada para plantio de café. São 46 mil pés das espécies mundo novo, catuaí amarelo, catuaí vermelho, rubi, topázio e icatu. A área é utilizada para aplicação dos conhecimentos desenvolvidos nos cursos de Agronomia e Técnico em Agropecuária, além de projetos de pesquisa e extensão e diversos grupos de estudos.
O professor Ivan Franco Caixeta considera que as aulas práticas são essenciais para a formação dos alunos. “A importância é imensa para a vida profissional. Eles colocam a mão na folha, enxergam as deficiências, a consistência e as doenças. Digo que meus alunos, em uma aula prática, conseguem, inclusive, conversar com uma planta, no sentido de que tem uma ligação com a planta para entender e tirar o máximo de proveito do que o produtor está colocando para essa planta, tratos culturais, de manejo, das tecnologias que estão sendo utilizadas para o máximo potencial produtivo da planta”, diz. Pondera que sem isso, no campo, não terão muitas condições de entender e visualizar os problemas que podem ocorrer no cultivo e prestar uma consultoria adequada.
Bruna Andréia dos Santos é estudante do curso de Ciências Biológicas e do curso Técnico em Agropecuária Subsequente. Ela conta que gosta bastante da disciplina Culturas Anuais e Perenes e que ainda não teve aula prática, porém já trabalhou com lavouras de café e por isso tem paixão pelo manejo. Considera aulas práticas extremamente importantes e se diz ansiosa pelas atividades que ocorrerão no próximo semestre.
O campus também possui setor de beneficiamento e industrialização do café e cafeteria, onde funciona o Núcleo de Estudos em Qualidade do Café. Segundo o professor Leandro Carlos Paiva, parte do volume produzido é destinado ao consumo interno, cerca de 4.600 quilos são consumidos anualmente pelo campus, Reitoria e alguns polos. Em torno de 1.500 quilos são comercializados na cooperativa-escola. O restante fica armazenado in natura para venda, cujos rendimentos retornam ao próprio campus.
O coordenador do Núcleo, professor Leandro Carlos Paiva, explica que o café comercializado na cooperativa com a marca “Café da Agrotécnica” e embalado a vácuo é do tipo 2 e 3, que possui no máximo 10 defeitos. “Produtos com essa características são muito difíceis de encontrar no supermercado, o comum são cafés com 600 defeitos”. Segundo o professor, o café da instituição apresentou 83 pontos, o que não se encontra fácil, é isento de defeitos e de impureza. “A Associação Internacional de Café preconiza que o café especial está acima de 80 pontos, o nosso está três pontos além do que é considerado um café especial no mercado”. Esclarece, também, que neste café utiliza-se um ponto de torra incomum, mais claro que o de mercado, “porque torras escuras visam encobrir defeitos”, o que não é necessário nos cafés comercializados pela instituição.
Texto e Fotos: Ascom/ IFSULDEMINAS - Campus Machado
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